Aristóteles, que tanto versou sobre a vida que a vale a pena ser vivida, por exemplo, diz que devemos nos vingar. Seu apreço pela justiça e sua concepção finalista sobre as coisas nos leva a esta conclusão. O homem não pode conceber a injustiça. E se o governo sob forma de Justiça ou da Polícia, não pode reparar um eventual dano causado, este papel deve ser exercido pela pessoa que sofreu o dano. "A vingança é uma reação natural das capacidades morais" (Arthur Meucci, autor do artigo que colocarei no ar numa outra ocasião).
Já os estoicos defendem que devemos passar inertes a questões que nos tiram do sério, defendendo o o belo estado da ataraxia, sem perturbações no espírito e na alma. A ira, de acordo com Sêneca, tem uma forte ligação com a esperança, o que ele acredita ser expectativa irreal sobre o mundo. Seria, portanto, um conflito entre o mundo real e o mundo desejado.
Será que devemos nos vingar? O que pode trazer de mal guardar para si esses sentimentos ou, ao contrário, alimentá-los e colocá-los para fora.
Vamos refletir sobre o assunto. É assunto para pensar muito... Em breve, postarei o artigo na íntegra! Isto foi apenas um ensaio. Mas pensemos...
Herodias's revenge's - Juan de Flandes - c. 1496
Explicação da obra acima: Herodias, que não gostava de João Batista, convenceu sua filha Salomé a pedir ao rei Herodes de Antipas - que havia prometido a ela o presente que quisesse - a cabeça dele.
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